sábado, 22 de fevereiro de 2014

CONHEÇA O NORDESTE.

As mais belezas nordestinas venha conhecer o turismo nordestino e se encante com nossa região tão bela!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

cidade das tradições

                                        
                                     TABIRA : CIDADE DAS TRADIÇÕES


              igreja de tabira, Por erenivaldo

                                          ESSA É A HISTÓRIA  DA TABIRINHA VIU!

A denominação de Tabira, foi dada pelo decreto-lei estadual n. º 92 de 31 de março de 1938.
No ano de 1865, era uma fazenda de propriedade de João Fernandes de Lima, conhecido por ‘João Branco’.
João Branco, Gonçalo Gomes dos Santos e outros benfeitores locais tiveram a iniciativa de formar ali uma pequena feira para seus habitantes, que, por sua iniciativa própria, pensou em formar uma pequena feira para seus habitantes, surgindo a povoação do lugar denominado Madeira, que logo, passou a se chamar Toco do Gonçalo, em virtude de haver no meio da feira um toco, onde os feirantes cortavam as peças de carne para a venda pública.
Esse mesmo senhor (João Fernandes de Lima) doou ao patrimônio de Nossa Senhora dos Remédios partes de suas propriedades, justamente a que forma o perímetro urbano da atual cidade de Tabira.


                                         MISSA DO POETA TABIRA-PE
Missa do Poeta
De autoria do deputado estadual Antonio Moraes, foi aprovado no último dia 20 na ALEPE o Projeto de Lei nº 1621/2010, que torna a Missa do Poeta do município de Tabira “Patrimônio Imaterial do Estado de Pernambuco”. Nesse momento para se tornar válida a Lei só precisa receber a assinatura em 15 dias do Governador do Estado..

A missa do poeta de Tabira para    lembrar o poeta Zé Marcolino.

As mesas de glosas, onde os poetas se comportavam como na santa ceia e Dedé Monteiro era nosso “Cristo” da poesia. As conversas nos bares, nas praças e nas ruas sobre poesia e para finalizar, uma cantoria ao lado da igreja encerra esse quadro pintado no sertão do Pajeú.

missa_do_poeta1Há 22 anos, a cidade de Tabira tem a oportunidade de vivenciar um dos maiores eventos culturais da região: a Missa do Poeta. O evento que teve início em Serra Talhada na Missa de Zé Marcolino, veio pra Tabira com Padre Assis e aqui, encontrou a veia e a vontade poética de continuar realizando a confraternização da música e da poesia, lembrando Zé Marcolino e todos os poetas.
Assim, acontece todos os anos: poetas da APPTA lutam, driblam a dificuldade e com apoio de amigos realizam o evento, invadindo o 3º sábado de setembro( data da morte de Zé) com muita música e poesia na Praça Gonçalo Gomes!
Este ano, a Missa que não recebeu apoio nenhum da Prefeitura do município, teve a presença no palco de declamadores como Vinicius Gregório, Chico Pedrosa, Edvaldo Bronzeado, músicos: Irah Caldeira, Sevi Nascimento, Chico e João Arruda, Banda BKL, Banda Vozes do Campo.
Este ano, os homenageados foram: Rogério Meneses e Neusa Clementino.
Veja algumas imagens de nossa festa:

                           No peito do pajeu
                           há um solo abençoado

                           terra dos grandes poetas
                           do presente e do passado
                           desde um tempo caipira
                           tu tens ainda ó tabira
                           o premio do improvisado.

                           
                           Como uma copa do mundo
                           nos enche de alegria
                           desde o mais novo ao mais velho
                           nos facina todo dia
                           com tua cultuara teu povo
                           ei de rever-te de novo
                           ó terra da poesia

                           Eu sertanejo saudoso
                           de saudades do sertão
                           pois eu deixei minha terra
                           meu pedaço meu torrão
                           mais eu deixei na parede
                           o meu restinho de rede
                           e dentro o meu coração
                          
                    Autor : Júlio Gomes de Freitas Rodrigues.
                                                                                     

              O POÇO ESCRITO E SUAS HISTÓRIAS
O poço escrito localizado em tabira pequena cidade do interior de pernambuco é um local turístico bastante visitado por moradores e turistas muitas histórias cercam o lugar mitos e lendas fazem a fama do lugar além é claro da sua grande beleza natural.

Pessoas afirmam até ter visto assombrações no local, pois um dos fatos pelo qual ganha força os comentários foram as varias mortes de pessoas que se afogaram no local, há muitas histórias que dizem que algo puxava as pessoas para o fundo do poço, há comentários também que quando chega a noite o lugar fica assombrado, escuta-se choro de crianças e vultos por sobre as pedras, mas as histórias mais famosas são  a do padre e a  de  uma cobra imensa que vive no fundo do poço, a história do padre é porque tem umas letras pré-históricas escritas nas pedras
e ninguém descrevê-las, então conta a lenda que este padre tentou ler e ao ler veio a imensa cobra e o devorou,
a outra é que ao acabar de ler morreu poucas horas sem ninguém saber o porque, mas visite o lugar  é muito bonito afinal de contas são só histórias.
  
VISITE O POÇO ESCRITO CUIDADO COM OS FANTASMAS!!!!!     KKKKKKKKKK




sexta-feira, 17 de junho de 2011

um lugar chamado paraíba

Turimo Paraíbano




OXENTE  ISSO É  JOÃO PESSOA A CAPITÁ DA PARAÍBA


João Pessoa é um município brasileiro, capital do estado da Paraíba. É conhecida como "Porta do Sol", devido ao fato de no município estar localizada a Ponta do Seixas, que é o ponto mais oriental das Américas.
Fundada em 1585 com o nome de Nossa Senhora das Neves, João Pessoa é a terceira capital de estado mais antiga do Brasil e também a última a ser fundada no país no século XVI. O município é também notável pelo clima tropical, por ser a maior em economia (indústrias, comércio e serviços) e arrecadação de impostos para o estado, pelas suas praias e pelos vários monumentos de arquitetura e arte barroca.
Durante a ECO-92, a conferência da ONU sobre o meio ambiente, João Pessoa recebeu o título de segunda cidade mais verde do mundo. Segundo um cálculo baseado na relação entre número de habitantes e área verde, a cidade perderia apenas para Paris.[11]
Como de costume, João Pessoa é uma cidade muito limpa e organizada, agradando assim os turistas e os próprios moradores da cidade. Possui uma qualidade de vida exemplar, em toda cidade existe ambientes como praças que dispõem de equipamentos de Ginástica, ciclovias e áreas para crianças, além das tradicionais caminhadas. A cidade também é a capital do Nordeste onde se encontra o menor índice de desigualdade social de acordo com o IPEA.



Umacidade não muito grande se conparada com algumas outra cidades brasileiras, como por exemplo: Recife. mas cheia de charme
e tranquilodade você sabia que joão pessoa é uma das capitais mais calmas do brasil! e mais limpas também, pois é  e ainda tem uma diversidade turistica enorme, quem a visita sabe muito bem.


PRAIA DO JACARÉ JOÃO PESSOA-PB


O Rio Paraíba, que nasce na região dos Cariris Velhos, bem no centro do Estado, chega ao litoral proporcionando belos espetáculos, e um deles é o encontro com o mar, que acontece em Cabedelo, cidade situada na área metropolitana de João Pessoa.

Mas, é a praia fluvial do Jacaré que mais chama a atenção dos amantes da natureza. O imponente Rio Paraíba, é o maior responsável pela beleza do lugar. As pequenas ilhas do Stuart, Restinga, Tiriri e Andorinhas constituem um cenário exótico. Contando com uma densa vegetação, boa parte de mangue, a área está livre da depredação humana, e por isso as mais variadas espécies animais passeiam com desenvoltura, pois, instintivamente, sabem que não serão molestadas.
                                 
                           
                    PRAIA DE CABOBRANCO PARAÍBA



Praia de cabo branco na paraíba uma praia urbana mas com muita qualidade  turistica ( tranquila, limpa, e bela) assim é cabo branco na paraíba indo à paraíba não dexe divisita-la.


TAMBABA  PRAIA DE NUDISMO


Praia de Tambaba , localizada no municipio do Conde. É uma praia de naturismo oficialmente legalizada uma das poucas do nordeste, ela tem duas áreas… As das pessoas com roupas e outra para quem pratica o nudismo, então depende do gosto de cada um, a praia em si é muito bonita e atrai muitos turistas. Atualmente , sediou o Congresso Internacional de Naturismo, teve muitas pessoas de todas as partes do mundo, e gerou muito capital para a cidade.

domingo, 12 de junho de 2011

12/06/2011

Introdução à História Pernambucana







                                            
                                       

                                    

                                                  HISTÓRIA










Entre 1534 e 1536, D. João III instalou o  de capitanias Capitanias Hereditárias no Brasil. Tal sistema era caracterizado pela doação de um lote de terras, uma Capitania, a um Donatário (um nobre português), a quem caberia explorar, colonizar as terras, fundar povoados, arrecadar impostos e estabelecer as regras (a justiça) do local. Dentre os primeiros 14 lotes distribuídos por D. João III estava a Capitania de Pernambuco, ou Capitania de Nova Lusitânia, como seu Donatário, Duarte Coelho, a batizou.
Dessa forma, em 1535, Duarte Coelho se estabeleceu no local onde, em 1537 foi fundada a Vila de Olinda. Nesse mesmo ano foi fundada também a Vila de Igarassu. Até então, os ocupantes daquela região eram os índios Tabajaras.
Estabeleceram-se na Capitania vários engenhos, que investiam na plantação de cana-de-açúcar, utilizando mão-de-obra escrava. Durante vários anos, a Capitania de Pernambuco produziu grande quantidade de açúcar, sendo responsável por mais da metade das exportações do país.
Tal prosperidade chamou a atenção dos holandeses, que, entre 1630 e 1654, ocuparam toda a região, sob o comando da Companhia das Índias Ocidentais, tendo como representante o Conde Mauricio de Nassau, que por ter incendiado Olinda, estabeleceu-se em Recife, fazendo dela a capital do Brasil holandês.
A partir de 1645 teve início a Insurreição Pernambucana, movimento de luta contra o domínio holandês de Pernambuco. Foram quase 10 anos de conflito, com destaque para as Batalhas de Guararapes (foram duas), até que em janeiro de 1654 os holandeses se renderam.
A ocupação dos holandeses fez prosperar a cidade de Recife, onde se estabeleceram muitos comerciantes e mascates, enquanto Olinda continuava a ser o reduto dos senhores de engenho. Devido a divergências quanto à demarcação de novas vilas, em 1710, os moradores de Olinda invadiram o Recife, dando inicio a chamada Guerra dos Mascates. O líder da ocupação, Bernardo Vieira de Melo entrou para a história quando sugeriu que Pernambuco se tornasse uma república. Essa foi a primeira vez que se falou em república no país. O conflito só terminou com a chegada, em 1711, do novo governador da região.
Mas os conflitos e revoltas não foram só estes. Ocorreram ainda:
– Revolução Pernambucana (1817) – Eclodiu por um conjunto de motivos, dentre os mais importantes: a crise na produção de açúcar e algodão, o descontentamento com o domínio do comércio pelos portugueses e as idéias republicanas. Os revolucionários venceram algumas lutas e chegaram a estabelecer um governo provisório, mas logo foram derrotados pelas forças militares.
Confederação do Equador (1824) – Movimento revolucionário que uniu várias províncias do Nordeste (Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, além de Pernambuco) com idéias separatistas, ou seja, que pretendiam separar-se do império e instalar uma republica que seria chamada de Confederação do Equador. Frei Caneca foi o principal personagem desse movimento. Foram logo derrotados, e Frei caneca, fuzilado.
Revolução Praieira (1848) – Foi mais um conflito de cunho liberal, com idéias separatistas, mas que ocorreu na esfera político-partidaria.
Após a Proclamação da Republica, o estado de Pernambuco voltou-se para seu desenvolvimento industrial e de infra-estrutura.


CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR

                   CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR




A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário, de caráter emancipacionista (ou autonomista) e republicano ocorrido em 1824 no Nordeste do Brasil. Representou a principal reação contra a tendência absolutista e a política centralizadora do governo de D. Pedro I (1822-1831), esboçada na Carta Outorgada de 1824, a primeira Constituição do país. A revolução queria a formação de uma república baseada na constituição da Colômbia.~

Antecedentes
O conflito possui raízes em movimentos anteriores na região: a Guerra dos Mascates (1710-1711) e a Revolução Pernambucana (1817), esta última de caráter republicano.
Por trás das divergências políticas que culminaram com a proclamação da Confederação do Equador, encontra-se uma divisão econômica e espacial de Pernambuco. Ao norte, açucareiro e algodoeiro, com vilas populosas, opunha-se o monolitismo do sul pernambucano, exclusivamente açucareiro, cujas povoações eram simples anexos dos engenhos de cana. De acordo com Evaldo Cabral de Mello:
"O contraponto do algodão e do açúcar explica ali mais acentuadamente que em nenhuma outra região brasileira, que se aprofundou ali o conflito entre a nova e a velha estrutura comercial - a do algodão, ligada deste a transmigração da Coroa para o Rio e à abertura dos portos ao mercado britânico,botanico e a do açúcar da cana , jungida ao entreposto lusitano."
Ambos os itens encontram-se figurados na bandeira da Confederação, onde se vê um ramo de algodão, à direita, lado a lado com uma cana-de-açúcar papa.

[editar] O movimento

A dissolução da Assembleia Constituinte por D. Pedro I do Brasil em fins de 1823 não foi bem recebida em Pernambuco. Os dois maiores líderes liberais na província, Manuel de Carvalho Paes de Andrade e Frei Caneca, apoiaram-na e consideravam os Bonifácios como culpados pelo ato.[1] Ambos, assim como diversos correligionários, eram republicanos que participaram na revolta de 1817 e haviam sido perdoados.[2] Aceitaram a monarquia por acreditarem que ao menos teriam autonomia provincial. A promulgação da Constituição em 1824, com o seu regime altamente centralizado, frustrou os seus desejos.[3][4] Pernambuco estava dividida entre duas facções políticas, uma monarquista, liderada por Francisco Paes Barreto e outra liberal e republicana, liderada por Pais de Andrade.[3] A província era governada por Paes Barreto, que havia sido nomeado Presidente por D. Pedro I, de acordo com a lei promulgada pela Assembleia Constituinte em 20 de outubro de 1823 (e que depois seria mantida pela Constituição).[2][4][5] Em 13 de dezembro de 1823, Paes Barreto renunciou ante a pressão dos Liberais, que ilegalmente elegeram Paes de Andrade. [2] Pedro I e nem o Gabinete foram informados da eleição e requisitaram a recondução de Paes Barreto ao cargo, algo que foi ignorado pelos Liberais.[3][6]
Dois navios de guerra (Niterói e Piranga) foram enviados para Recife para fazer a lei ser obedecida. O comandante da pequena divisão naval, o britânico John Taylor. Não alcançou sucesso.[5][7] Os Liberais se recusaram veementemente a reempossar Paes Barreto e alardearam: "morramos todos, arrase-se Pernambuco, arda à guerra". [3][8] Frei Caneca, José da Natividade Saldanha e João Soares Lisboa (que havia há pouco retornado de Buenos Aires) eram os intelectuais da rebelião que buscava preservar os interesses da aristocracia que representavam.[1][3] Apesar do evidente estado de rebelião que a cidade de Recife se encontrava, D. Pedro I tentou evitar um conflito que considerava desnecessário e nomeou um novo presidente para a província, José Carlos Mayrink da Silva Ferrão. Mayrink era proveniente da província de Minas Gerais, mas era ligado aos Liberais e poderia atuar como uma entidade neutra para conciliar as duas facções locais. Entretanto, os Liberais não aceitaram Mayrink, que retornou ao Rio de Janeiro.[3][5][8] Os rumores de um grande ataque naval português (o Brasil ainda estava em guerra por sua independência) obrigaram John Taylor a se retirar de Recife.[3][9]
Em 2 de julho de 1824, apenas um dia após a partida de Taylor, Manuel Carvalho Paes de Andrade aproveitou a oportunidade e proclamação a independência da província de Pernambuco. Paes de Andrade enviou convites às demais províncias do norte e nordeste do Brasil para que se unissem a Pernambuco e formassem a Confederação do Equador. Em tese, o novo Estado republicano seria formado pelas províncias do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Paraíba e Pernambuco. Contudo, nenhuma delas aderiu à revolta separatista, com a exceção de algumas vilas do sul do Ceará, comandadas por Gonçalo Inácio de Loiola Albuquerque e Melo, mais conhecido por Padre Mororó e por vilas da Paraíba.[3][7][9][10] No Ceará a situação tornou-se séria com a deposição do Presidente Pedro José da Costa Barros que foi substituído pelo confederado Tristão Gonçalves de Alencar Araripe. As demais cidades e vilas da província não aceitaram o ato e contra-atacaram. Alencar Araripe partiu para o interior onde tentou derrotar as tropas legalistas e na sua ausência a capital da província, Fortaleza, reafirmou a sua lealdade ao Império. [11] Em Pernambuco, Paes de Andrade pode contar somente com a colaboração de Olinda, enquanto o restante da província não aderiu à revolta. O líder confederado organizou suas tropas, inclusive alistando a força crianças e velhos, [12] sabendo que o governo central não tardaria a enviar soldados para atacar os confederados.[8] Pedro I, ao saber do levante secessionista, falou: "O que estavam a exigir os insultos de Pernambuco? Certamente um castigo, e um castigo tal que se sirva de exemplo para o futuro".[10]
Paes Barreto arregimentou tropas para debelar a revolta, mas acabou sendo derrotado e permaneceu no interior da província a espera de reforço.[9] Em 2 de agosto o Imperador enviou uma divisão naval comandada por Cochrane, composta por uma nau, um brigue, uma corveta e dois transportes, além de 1.200 soldados liderados pelo Brigadeiro Francisco de Lima e Silva.[12][13] As tropas desembarcaram em Maceió, capital da província de Alagoas, de onde partiram em direção a Pernambuco. As forças legalistas logo se encontraram com Paes Barreto e 400 homens que se uniram à marcha. Ao longo do caminho, as tropas foram reforçados por milicianos que aumentaram o contingente para 3.500 soldados.[14][15] A maior parte da população de Pernambuco, que vivia no interior, incluindo os partidários de Paes Barreto e mesmo os neutros ou indiferentes a disputas entre as facções, permaneceu fiel a monarquia.[16]
Enquanto isso, Cochrane, que já se encontrava em Recife bloqueado a cidade, buscou convencer Paes de Andrade a render-se e assim evitar mortes desnecessárias. Andrade arrogantemente recusou a oferta, alegando que preferiria morrer lutando "no campo da glória".[9][12][14] Em 12 de setembro as forças terrestres lideradas pelo Brigadeiro Lima e Silva e Paes Barreto atacaram Recife.[16] Manuel Carvalho Paes de Andrade, que jurara lutar até a morte, fugiu escondido sem sequer avisar a seus homens juntamente com Natividade Saldanha e partiram para num navio britânico. [12][16] Os rebeldes, sem liderança e desmotivados, foram completamente derrotados cinco dias mais tarde.[17] Alguns poucos liderados por frei Caneca lograram escapar e foram em direção ao Ceará. Acreditavam poder unir forças com os revoltosos daquela província. Poucas semanas mais tarde foram completamente derrotados por tropas legalistas. Alguns morreram, como João Soares Lisboa,[12] e Alencar Araripe (assassinado por seus próprios homens),[18] enquanto outros foram encarcerados, como Caneca. [17] Não tiveram melhor sorte os rebeldes na Paraíba, que foram aniquiladas rapidamente por tropas da própria província. [19] O processo judicial para apurar os culpados iniciou-se em outubro de 1824 e estendeu-se até abril de 1825. Das centenas de pessoas que participaram da revolta nas três províncias, somente 15 foram condenadas à morte, dentre elas, frei Caneca.[12][20][21] Todas as demais foram perdoadas por Pedro I em 7 de março de 1825.[22]

[editar] Pernambuco

O centro irradiador e a liderança da revolta couberam à província de Pernambuco, que já se rebelara em 1817 (ver Revolução Pernambucana de 1817) e enfrentava dificuldades econômicas. Além da crise, a província se ressentia ao pagar elevadas taxas para o Império, que as justificava como necessárias para levar adiante as guerras provinciais pós-independência (algumas províncias resistiam à separação de Portugal).
Pernambuco esperava que a primeira Constituição do Império seria do tipo federalista, e daria autonomia para as províncias resolverem suas questões.
No entanto, Dom Pedro dissolveu a Assembleia Constituinte em 1823 e outorgou uma constituição no ano seguinte, extremamente centralizadora. A semente da revolta se plantou, e os jornais - notadamente o Typhis Pernambucano, dirigido por Frei Caneca - criticavam dura e abertamente o governo imperial. Vários antigos revoltosos, anistiados em 1821, novamente conspiravam. Foi fundada a Sociedade Patriótica Pernambucana, em 1822, durante o governo de Gervásio Pires, pelo padre Venâncio Henrique de Resende, reunindo figuras da política local, inclusive Frei Caneca.
Em 15 de setembro de 1823, segundo Evaldo Cabral de Melo, "um movimento castrense prendeu o governador das armas nomeado pelo Imperador e forçou a renúncia do presidente da Junta dos Matutos, Afonso de Albuquerque Maranhão, reduzindo-a ao triunvirato composto de Francisco Pais Barreto, Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, futuro visconde de Suaçuna, e Manuel Inácio Bezerra de Melo." Cipriano Barata foi intimado, seu jornal atacado, e a Junta o intimou a viajar para o Rio de Janeiro, assumir na Assembleia Constituinte a cadeira para a qual fora eleito. Expirado o prazo, Barata seria expulso de Pernambuco, purgando sete anos de cárcere em Salvador e no Rio. A chefia do movimento autonomista passou assim a Manuel de Carvalho Pais de Andrade.
Em dezembro a posição do triunvirato era insustentável. Haviam desembarcado no Recife as tropas pernambucanas que, chefiadas por José de Barros Falcão de Lacerda, haviam participado da luta na Bahia contra as forças do brigadeiro Inácio Luís Madeira de Melo. Eram contingentes euforizados pela vitória, politizados na luta contra o Exército Português. E a 13 de dezembro, regressaram os deputados da província à Constituinte, que traziam a notícia de sua dissolução pelo imperador no mês anterior. A Câmara de Goiana rebelou-se, como em 1821, recebendo adesões.
E se soube que o Imperador, pela carta de lei de 20 de outubro de 1823, havia substituído o sistema das antigas Juntas pelo de Presidentes da Província e de comandantes das armas de nomeação imperial. Decidiu-se formar uma Junta Provisória, pare evitar acefalia, e foi eleito chefe Manuel de Carvalho Pais de Andrade. Ignorava-se no Recife que D. Pedro I, no que se considera "um erro de proporções máximas", já havia escolhido Pais Barreto para a presidência de Pernambuco e como comandante das armas José de Barros Falcão de Lacerda, ligado aos autonomistas.
A Junta Provisória se reuniu em janeiro de 1824, manifestando sua repulsa à escolha de um indivíduo que "havia sobejamente demonstrado sua incompetência para o exercício do poder, a que havia renunciado por sua livre e espontânea vontade". Rogava ao Imperador reconsiderar a escolha e avisava que se manteria no poder. Pais Barreto insistia em tomar posse, contando preparar nos quartéis uma reação armada. O morgado do Cabo se retirou com sua gente para o sul, onde contava com a cumplicidade do governo de Alagoas.
Mas a corte ignorou o apelo de 8 de janeiro e enviou uma flotilha, comandada pelo inglês Taylor, para garantir a posse de Pais Barreto. Taylor partiu do Rio em março de 1824, e a 1º de abril convidava Manuel de Carvalho a entregar o poder a Pais Barreto, sob pena de bloqueio a Recife. A Junta decidiu conservá-lo à frente da província, enviando delegação ao Rio. Taylor ordenou então o bloqueio do porto. Quando a delegação chegou ao Rio em maio de 1824, o imperador havia recuado e derrogado por decreto de 24 de abril de 1824 a nomeação de Pais Barreto.
Estava escolhido para a presidência José Carlos Mairink da Silva Ferrão, mineiro de nascimento, vindo para Pernambuco em 1808, casado com filha de uma das famílias abastadas do Recife. Era aceitável para as partes porque se mantivera equidistante nas lutas. A delegação foi informada ainda que D. Pedro I jamais aceitaria Manuel de Carvalho Pais de Andrade, detestado pelas medidas contra os portugueses e o comércio lusitano do Recife.
Entretanto, Mairink recusou-se a assumir o poder, provavelmente temeroso da situação demasiado polarizada! Apesar da promessa imperial de anistia para os carvalhistas, ninguém acreditava que fosse medida geral… A questão pernambucana voltava à estaca zero e partir de então o conflito armado passou a se tornar inevitável.

[editar] Recife

Enquanto isso, em Portugal, a Vilafrancada abolira em 1823 o regime constitucional das Cortes de Lisboa. Os absolutistas desfecharam sem êxito em abril de 1824 o levante conhecido por Abrilada, para precipitar a abdicação de D. João VI no seu filho D. Miguel.
Dissolvida a Assembleia Constituinte no Brasil, o rei e seus ministros reencetaram diálogo com o Rio, desejosos de ressuscitar o Reino Unido com base em fórmula que concederia ao Brasil a mais ampla autonomia administrativa e jurídica, com Parlamento e Constituição próprios. A fórmula extemporânea tinha as simpatias de D. Pedro I, por preservar seus direitos ao trono português, "mas dificilmente seria aceita no Brasil, onde era encarada emocionalmente como uma tentativa de recolonização", segundo Evaldo Cabral de Mello. Falava-se muito de uma esquadra portuguesa a caminho… Tal notícia serviu para conflagrar Pernambuco. Em 11 de junho de 1824, para concentrar suas forças, D. Pedro I deu ordem a Taylor para levantar o bloqueio do Recife. Ainda a 30 de junho Manuel de Carvalho prometia reforços.
Em 2 de julho de 1824 submetido por pressão incrível de seus partidários, Manuel de Carvalho Pais de Andrade proclamou a Confederação do Equador, aproveitando a oportunidade única da partida de Taylor para realizar o velho sonho autonomista. Pensam historiadores que esperava forçar o Rio a negociar uma fórmula constitucional que garantisse a autonomia provincial no âmbito de um Império constitucional, mas é certo que muitos pensavam na adoção de um regime republicano.
Apoio intelectual lhe vinha de frei Caneca, do poeta Natividade Saldanha. Dirigiu proclamações aos brasileiros do Norte e enviou emissários para as demais províncias do Nordeste (então Norte). Conseguiu apoio do Ceará, do Rio Grande do Norte e da Paraíba. Formou-se assim a Confederação do Equador propriamente dita, que pretendia organizar um país independente do Brasil — embora essa não fosse a intenção de muitos dos revoltosos. Desejavam que o Brasil se organizasse de maneira análoga "às luzes do século", segundo o "sistema americano" e não segundo o exemplo da "encanecida Europa", com ênfase na federação e não na república - maneira mais indicada de manter a união dos autonomistas com os republicanos puros.

[editar] Dissidências

Surgiram algumas dissidências internas no movimento, pois ele agregava classes sociais díspares. A proposta de Pais de Andrade no sentido de libertar os escravos e o exemplo haitiano (país que recentemente se libertara do domínio francês através de uma revolta popular) não tranquilizavam as elites, e alguns proprietários de terras passaram a colaborar com o governo imperial.

[editar] Thomas Cochrane

Dom Pedro I enviou para o Nordeste tropas contratadas no exterior, sob o comando de Thomas Cochrane. Em setembro, caíram três províncias, só restando o Ceará, que não suportou além de novembro. Alguns líderes confederados,como Tristão de Alencar Araripe resistiram no Sertão.

[editar] Frei Caneca

Vários rebeldes foram condenados por um tribunal militar à forca. Um fato interessante que passou para a história (embora seja discutível) foi a recusa dos carrascos em executar o Frei Caneca, mentor intelectual da revolta e uma das figuras mais carismáticas do Recife à época, que se escondeu por alguns dias no município de Abreu e Lima a época "Vila de Maricota" antes de fugir para o Ceará. O religioso acabou sendo arcabuzado (um tipo de execução semelhante ao fuzilamento, porém realizada com bacamartes), ao contrário da sentença inicial que previa o enforcamento.

[editar] Padre Mororó

Condenado à forca em Fortaleza e, assim como Frei Caneca, não houve quem quisesse servir de algoz, pois os soldados recusaram-se a enforca-lo, alegando que o enforcamento era somente para criminosos. Foi então morto a tiros de arcabuz no dia 30 de abril de 1825. A crônica de Viriato Correia (embora seja discutível) descreve com perfeição os últimos minutos de Padre Mororó: "Naquele dia havia em Fortaleza um grande rumor de multidão emocionada. Ia ser executado pelas tropas imperiais o Padre Mororó. Na praça em que vai haver a execução, a multidão é tanta que, a custo, as tropas conseguem abrir passagem. Mororó é colocado na coluna da morte. Um soldado traz a venda para lhe por nos olhos, ´Não´, responde ele, ´eu quero ver como isto é´. Vem outro soldado para colocar-lhe sobre o coração a pequena roda de papel vermelho que vai servir de alvo. Detém a mão do soldado: ´Não é necessário. Eu farei o alvo´ e, cruzando as duas mãos sobre o peito, grita arrogantemente para os praças: ´Camaradas, o alvo é este´. E num tom de riso, como se aquilo fosse brincadeira diz: ´e vejam lá! Tiro certeiro que não me deixem sofrer muito´".